Uma das contribuições mais importantes do protestantismo para a história foi a concessão de liberdade à interpretação bíblica — em última análise, um estímulo à autonomia do próprio pensar, terreno vasto e fértil. Tal movimento, naturalmente, pressupunha riscos, como o surgimento de aventureiros, estelionatários e pervertedores da doutrina apostólica, um preço que o cristianismo já pagava e continua pagando até nossos dias. Ainda assim, a dinâmica da fé evangélica (no sentido mais amplo da palavra) é tributária deste privilégio à reflexão.
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