A Dúvida faz parte de nossa vida.
C. S. Lewis fala sobre a dúvida de maneira interessante: "como saber se o gato está ou não dentro do armário, a própria razão sussura: vá e olhe". (Milagres. ed. Vida)
Quando era adolescente sofria muito, pois dentro de mim não haviam somente certezas a respeito das "coisas" de Deus, pelo contrário, existiam muitas dúvidas em meu ser inquietante. Pedia que Deus aumentasse minha fé, pois não queria ser um incrédulo. Hoje, já sou um homem e como o apostolo Paulo, digo que, quando era menino fazia coisas de menino, agora que sou adulto devo proceder de maneira amadurecida. A dúvida ainda me machuca algumas vezes, mas ela não exerce em mim tanta dor como antes. Confesso que ainda não aprendi a viver totalmente com ela, mas tenho à enfrentado arduamente Hoje a dor vem não mais por causa da dúvida em si, e sim por causa dos descobrimentos que ela traz, é... às vezes a realidade é mais dura do que nós gostaríamos que fosse.
Hoje sei que a dúvida faz parte de nossa humanidade, diferentemente de como a religião a interpreta e, com exagero, a mistifica como algo demoníaco. Hoje sei, como afirmou Elienai Cabral Jr. em seu livro SALVOS DA PERFEIÇÃO que “não há pensamento sem a dúvida. Ela é a questão aflita que promove investigação e novas descobertas. Primeiro, desestabiliza o que já está estruturado e sobre o que calcamos nossas crenças, valores, projetos e esperança. Desestrutura a convicção que garante alguma segurança”.Naturalmente, o ato de duvidar não consiste essencialmente em negar uma realidade, mas significa refletir com racionalidade alguns modelos de fé que são pródigos de realidades divinas. No caso de Tomé, ele precisou tocar no corpo de Cristo para certificar-se da realidade. Por esse ato, Tomé fortaleceu ainda mais sua fé na realidade do Cristo ressurreto. Por outro lado, como interpretamos a fé?
Bom... aí esta questão fica pra outras postagens. Certo?
Angelo
0 comentários:
Postar um comentário