quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Tempo extraordinário

Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo. As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava. Atos 8.5-6
Nossas vidas são caracterizadas por tempos ordinários e tempos extraordinários. Na maior parte da vida, lidamos com o ordinário. Levantamos, trabalhamos, nos divertimos e dormimos. O ordinário é rotineiro, mas não insignificante. Em meio ao ordinário emerge o extraordinário como o aniversário, o casamento ou o nascimento de um filho.
A jornada espiritual não é muito diferente. Nossa relação diária com Deus é envolvida pelo ordinário. Lemos a Palavra, oramos nos dedicando ao Senhor, intercedemos pelos outros e saímos para viver em obediência à fé. Algumas vezes, nosso ordinário é repentinamente envolvido pelo extraordinário. Ouvimos Deus de forma nunca antes acontecida, experimentamos sua presença de maneira maravilhosa, somos usados de forma tremenda.
Samaria representa este tempo extraordinário na vida de Felipe. Em Jerusalém ele dedicava-se ao serviço às viúvas – algo bem rotineiro. Em Samaria sua vida é marcada pelo extraordinário — multidões atendem unânimes, enfermos são curados e demônios lhe obedecem.
Tempos extraordinários são presentes de Deus. Eles não podem ser comprados ou exigidos como pensou Simão, o mágico (At 8 18-20) e não são perpétuos como queria Pedro (Mt 17.1-8).
Ocupemo-nos com a fidelidade no ordinário. Deixemos que Deus nos conceda a graça do extraordinário.

Retirada de Devocionais Para Todas as Estações (Editora Ultimato, 2009).

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