domingo, 27 de junho de 2010

Você é um pregador? Então leia!

Amo dedicar tempo á palavra de Deus e acredito que você também dedica ao seu chamado como ministro do evangelho.

A palavra de Deus é viva e eficaz.

Pensando sobre alguns itens ou como devem ser nossas mensagens, coloco abaixo dois topicos de suma importância que tenho aprendido.

1. Cristocêntrica

Existem hoje, muitos tipos de pregações. Temos a pregação temática, textual e expositiva. Dentro destes tipos temos várias categorias como: doutrinária, exegética, teológica, litúrgica, evangelistica e exortativa. Temos as formas; biográficas, narrativas, analíticas, proclamativa ou em forma de monólogo.

Seja como for, a pregação precisa ter um centro, e este centro é Cristo. A pregação precisa ser cristocêntrica. Um grande defeito nas pregações de hoje é que a maioria dos pregadores são teocêntricos e esquecem que a função da pregação é apresentar Cristo. A pessoa de Jesus aos ouvintes.

As grandes frases das pregações hoje são:

“Deus vai ou quer te abençoar”. “Deus vai mover ou se mover”.

“Mover de Deus” . “Deus vai te prosperar”.

“Deus vai te curar”. “Adorar a Deus”.

“Servir a Deus” . “Ouvir a Deus”.

“Relacionamento com Deus” . “Buscar a Deus”.

Não lembro agora de nenhuma frase marcante sobre Jesus. Absolutamente nada a respeito da pessoa de Cristo.

Mesmo um texto do Antigo Testamento, precisa ter um caminho para Cristo.

A salvação é através de Jesus (At 4.12).

A benção de Deus vem através de Jesus (Ef 1.3).

Vamos a Deus, por meio de Jesus (Jo 14.6).

Conhecemos a Deus por meio de Jesus, a oração é em nome de Jesus, curamos os enfermos em nome de Jesus, tudo é em nome de Jesus.

Veja o que Paulo diz: “Não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor” (2 Cor 4.5).

2. Relevante

Um dos pontos mais críticos e difíceis da pregação é a aplicação. Muitos trazem uma grande pregação, mas falham na aplicação. O pregador precisa saber fazer a ponte entre os mundos da Palavra de Deus e a realidade da vida das pessoas.

Segundo Larsen, “um sermão que começa na Bíblia e permanece na Biblia, não é bíblico”. A pregação precisa estar firmada no texto bíblico e dele ela deve fluir, mas precisamos lembrar a lição de Martyn Lloyd Jones o maior expositor das Escrituras do século XX: “a verdade deve sempre ser aplicada. A compreensão genuína da verdade sempre conduz à aplicação. Portanto, se um pregador não aplica a verdade, seu real problema é que não a compreendeu”.

Quando pregamos sobre Naamã, o leproso, por exemplo, devemos responder a pergunta que os ouvinte fazem o tempo todo, “e daí”? E daí, que o leproso é você - responde o pregador. A pregação precisa chegar ao ponto em que a pessoa que ouve, se indentifique com aquilo que foi pregado.

Segundo John Stott, o pregador deve “construir pontes” que atravessem o abismo das eras. Estas pontes devem unir o texto bíblico às pessoas que ouvem a pregação; “é por cima deste abismo amplo e profundo de dois mil anos de cultura (ainda mais no caso do Antigo Testamento) que os comunicadores cristãos precisam lançar pontes. Nossa tarefa é deixar a verdade revelada por Deus fluir das Escrituras para a vida de homens e mulheres de nossos dias."

As Escrituras por mais antigas que sejam, serão sempre relevantes às pessoas de todas as eras.

Deus lhe abençoe!

Alison Filemon

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O Deus das manifestações estranhas?


Vivemos em dias em que a igreja cristã tem sido ferrenhamente atacada por heresias, que por sua vez tem enganado muitos crentes, arrebanhando-os até o abismo infernal que é o total afastamento da Santa Palavra de Deus. O desejo de Deus é que todos os crentes tenham um pleno conhecimento das Verdades de Deus, Verdades essas que são as Sagradas Escrituras, que tem a finalidade de fazer com que "o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra".Mas, nem todos os cristãos querem conhecer a Deus através desse meio principal que é a sua Palavra. Querem sim, conhecê-lo através de meios subjetivos, através de suas "percepções" ou "intuições" naturais, ignorando assim os Santos decretos de Deus. Para provar isso, temos muitos testemunhos de pessoas que tiveram uma certa "experiência" com Deus, contam cada tipo de experiência que nos chega até arrepiar os pelos do corpo, ou fazem nós mergulharmos no chão tomados de uma gargalhada incontrolável.Essas "experiências “ são facilmente aceitas nos círculos evangélicos brasileiros, principalmente nas igrejas Superpentecostais e Neopentecostais. Esses crentes que são somente baseados em "experiências sobrenaturais" não passam de pessoas que nunca tiveram um encontro real com Cristo. Daí elas conterem em si um alto grau de misticismo pagão. Elas gostam do sobrenatural, gostam de serem impressionadas a cada segundo por uma nova "experiência mística".A maioria dessas experiências ocorrerem com certas pessoas é pelo fato de elas próprias provocarem essas experiências. No sentido de não se contentarem com o dom das Sagradas Escrituras. Para elas, as Escrituras não são o suficiente para preencher as lacunas emocionais de suas vidas espirituais medíocres. Não vivem o Evangelho bíblico, mas sim um falso evangelho , o de emoção!Na maioria das igrejas evangélicas do mundo, os crentes cultuam a Deus, não com a razão, o intelecto, mas sim com seus sentimentos enganosos. Os cultos hoje parece mais como um show do que com um culto oferecido ao Criador de todas as coisas, hoje em dia, os cultos são antropocêntrico, isto é, o homem como o centro de tudo. Nos cultos, fala-se mais no nome de fulano de tal do que no nome de Jesus Cristo, mencionam-se mais os nomes de políticos corruptos que estão doando materiais de construção para a igreja, do que no nome do Doador da vida eterna.Os crentes sentem um tipo de presença misteriosa que os faz pularem, correr, gritarem, dançarem, sapatearem, que os fazem fazer caras feias, rirem sem parar, dar cambalhotas e piruetas, rolarem no chão, fazer estátua da liberdade, aviãozinho, super homem, águia alçando vôo, saltarem em cima do púlpito de madeira, mergulharem uns nas costas do outro como se estivessem mergulhando em uma piscina, entre outras milhares de esquisitices até mais do que a mente natural do homem pode imaginar, coisas até que o próprio Satanás duvida.Essa suposta presença que dizem ser do Deus Espírito Santo (que blasfêmia atribuir coisas desse tipo ao Espírito Santo!) faze-os agirem assim, menos chorar amargamente a sua pecaminosidade! Confundem movimento humano ou diabólico com reavivamento bíblico. Deus não é um Deus de manifestações estranhas como as citadas acima, Deus não é Deus de confusão, mas sim de paz, de ordem. Tais manifestações, que por sinal estão longe de serem do Espírito Santo, têm pelo menos duas fontes, ou são produzidas por nós mesmos, por nossos próprios sentimentos, ou pelo espírito do erro que infelizmente está sentado sobre as cadeiras dos pastores e regendo as igrejas.As manifestações verdadeiras do Espírito Santo são aquelas que agem proficuamente na igreja, trazendo a mesma para a Palavra de Deus; quebrantando o coração do pecador, fazendo com que ele venha a reconhecer que não passa de menos do que nada, quando se depara com a pura e verdadeira presença de Deus.O deus das manifestações estranhas e bizarras é um deus com "D" minúsculo.Soli Deo Gloria

Reteté: o que é isso?

Nos últimos tempos de tantos modismos e inovações entre os evangélicos, surgiu algo novo que tem se espalhado por muitas igrejas pentecostais: o chamado reteté. Inclusive, hoje, culto pentecostal deixou de ser aquele culto racional, centrado na adoração a Jesus e na meditação na sua Palavra, com atuação dos dons do Espírito Santo. Culto pentecostal para os "retetetianos" é composto de danças (chamadas misteriosas), urros, berros, gente caindo ao chão, "arrebatadas", pessoas marchando, pulando, saltando, tudo isso, muitas vezes, ao som de tambores, atabaques em ritmos frenéticos. Exposição bíblica, reflexão evangélica, pregação expositiva, essas coisas não mais fazem parte da liturgia de muitas igrejas. Ser espiritual é "dançar em mistério, trazer revelações (até a partir de fotografias), profecias e ter muitas visões."Ninguém sabe ao certo como surgiu essa expressão reteté. Eu gostaria de saber. Gostaria também que me indicassem algumas referencias bíblicas sobre esse novo movimento no meio do povo de Deus. Sou um profundo admirador dos cristãos da cidade de Beréia que estiveram atentos a tudo que Paulo dizia e examinavam as Escrituras para ver se estava tudo lá(At.17:10-12). A maior necessidade da Igreja hoje é um retorno á Palavra genuína do Senhor. O que transforma o coração do homem é a Palavra. O que edifica a Igreja é a Palavra. A nossa arma de guerra é a Palavra, espada do Espírito. Inclusive Jesus venceu o diabo na sua tentação com a Palavra (Mt 4). E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a Palavra de Deus. At.4:32" Se você ler o texto acima com um mínimo de atenção verá que os irmãos da Igreja Primitiva após um momento de oração coletiva foram visitados pelo Espírito Santo que abalou o lugar em que eles estavam reunidos, enchendo a todos. Eles receberam poder, o lugar foi abalado, mas não ficou só nisso não. É interessante que após tudo isso eles anunciaram com ousadia a Palavra de Deus, ou seja, saíram às ruas para evangelizar, discipular, libertar os cativos, sem nenhum temor. Por isso, meu caro, é no mínimo questionável a plenitude de poder que alguns dizem receber, pois as pessoas participam de reuniões "de poder", pulam, gritam, urram, dançam, requebram, "são arrebatadas" (não sei como, nem para que), falam em línguas estranhas do início ao fim do culto, mas depois de tudo isso não tem interesse nem motivação para pregar o evangelho. Uma pessoa cheia do Espírito tem paixão pelas almas, valoriza a leitura da Bíblia, faz discípulos, vive separada do pecado, ora não apenas na igreja, mas mantêm uma vida de consagração em casa, enfim, não me venham com essa de reteté, de mistério, de dancinhas sem fruto, porque a Bíblia nos mostra algo diferente. Infelizmente hoje, levadas pela emoção, as pessoas estão interessadas em espetáculo. A Igreja não é circo. Unção sem ação, poder sem fruto, fogo sem contagiar os perdidos, não provém de Deus é fogo estranho. Que Deus tenha misericórdia de nós!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Mentes organizam, corações mobilizam!


Algumas igrejas destacam-se por possuírem características muito peculiares. Muitas delas direcionam todos os seus esforços para manterem sua membresia. As programações visam apenas o bem-estar de seus membros, que a cada dia vão se tornando comodistas inveterados. Por isso, a preocupação de sua liderança é se o culto vai agradar. Se ele não agrada, a solução é mudar a liturgia, o estilo de música, os músicos ou até mesmo o pastor. Caso contrário, correm o sério risco de perder a tão protegida membresia. O mais interessante é que igrejas assim não se preocupam com os de fora; a prioridade é manter a máquina funcionando. Outras, no entanto, buscam caminhos diferentes: seus programas e estratégias visam o alcance de novos membros. Porém, o interesse está naquilo que eles têm a oferecer. A força motriz não é o “ide” de Mateus 28.19, e sim o tilintar da moeda em seus gazofilácios. Os modelos ora citados criam dois tipos de “crentes-consumidores”: os eclesiásticos e os decepcionados. Os eclesiásticos são os que sugam da igreja; pessoas que não vivem sem ela. Em sua grande maioria, são frequentadores assíduos de suas atividades. Cantam em conjuntos e até fazem parte de algum departamento que lhes possa interessar. Mas o que os move é a busca pela satisfação pessoal. Já os consumidores decepcionados, com o tempo descobrem que adquiriram um produto que não satisfará para sempre as suas necessidades. Decepcionam-se com a igreja e, consequentemente, se afastam de Deus.O que os dois tipos têm em comum? Programas e estratégias. Logicamente, para que elas se tornem atividades efetivas são necessárias mentes para organizá-las. Qualquer pastor que se preze falaria com orgulho se em sua igreja existissem tais mentes. Pessoas capazes, bem preparadas física e psicologicamente, instruídas, aptas a ensinar. Gente inserida na comunidade, com visão e percepção das tendências socioculturais. O problema é que se tudo isso existir sem amor, não há valor algum! Programas, estratégias, grupos pequenos ou grandes, ministérios, departamentos... seriam como címbalos retumbantes. O maior de todos os valores do evangelho é a transformação de pessoas. Quando Jesus curava um aleijado, ele finalmente podia ir para casa. Aleijados não frequentavam lugares de gente saudável (como igrejas, por exemplo). Jesus, além de curar, transformava a realidade de todos. Podemos ter os melhores planejamentos estratégicos, mas se não proclamarmos um evangelho transformador, significa que não entendemos nada do que Cristo nos mandou fazer. E então, corremos o risco de fazer parte de uma das igrejas descritas no início. Por isto, relembro a frase-título desta reflexão: “Mentes organizam, corações mobilizam!”. As mentes são necessárias para a organização de nossas dinâmicas ministeriais. No entanto, corações sensíveis mobilizam pessoas a se renderem ao Senhor Jesus.Que Deus nos ensine a colocar mentes e corações ao seu dispor.


Geovane Porto

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Não sejamos como a amigo da onça


No Wikipedia, O Amigo da Onça é um personagem criado por Péricles de Andrade Maranhão (1924-1961) e publicado pela primeira vez na revista O Cruzeiro em 23 de outubro de 1943. Satírico, irônico e crítico de costumes, o Amigo da Onça aparece em diversas ocasiões desmascarando seus interlocutores ou colocando-os nas mais embaraçosas situações. Os diretores da revista O Cruzeiro queriam criar um personagem fixo e já tinham até o nome, adaptado de uma famosa anedota:"Dois caçadores conversam em seu acampamento: — O que você faria se estivesse agora na selva e uma onça aparecesse na sua frente?— Ora, dava um tiro nela.— Mas se você não tivesse nenhuma arma de fogo?— Bom, então eu matava ela com meu facão.— E se você estivesse sem o facão?— Apanhava um pedaço de pau.— E se não tivesse nenhum pedaço de pau?— Subiria na árvore mais próxima!— E se não tivesse nenhuma árvore?— Sairia correndo.— E se você estivesse paralisado pelo medo?Então, o outro, já irritado, retruca:— Mas, afinal, você é meu amigo ou amigo da onça?"Dialogando com um colega de trabalho sobre a amizade, veio à tona o trecho de uma das mais conhecidas músicas compostas por Milton Nascimento, que diz: "Amigo é coisa pra se guardar, do lado esquerdo do peito". Naquele momento, discutíamos acerca da necessidade deste tão puro sentimento precisar se encontrar dentro do coração, e não do lado de fora, para não se tornar descartável.A palavra amizade é tão rica de significados, trazendo tantas expectativas no âmbito dos relacionamentos interpessoais, que desperta-me a consciência no sentido de reconhecer que não sou um bom amigo. Se tivesse de dar uma nota para o meu compromisso com os amigos, esta não passaria de 6.O que me faz declarar isto é uma convicção íntima e pessoal das minhas fragilidades e imperfeições no caráter, capitalizadas pela minha minha condição de pecador, ratificada em atitudes egoístas, egocêntricas, orgulhosas, preconceituosas e mesquinhas.Não é menos verdade afirmar que a palavra amizade é muito banalizada, já que as motivações que unem as pessoas, especialmente em festas e reuniões sociais, muitas vezes têm suas raízes no interesse, em função do benefício que o outro possa proporcionar, como bem escreveu o autor do Livro de Provérbios: "As riquezas granjeiam muitos amigos, mas ao pobre, o seu próprio amigo o deixa" (Provérbios 19:4,7)Das Palavras proferidas por Jesus, contidas em João 15:13-15, constatamos que o amor Dele por nós é incondicional, daí Ele nos chamar de amigos, "porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer". O importante é verificarmos se realmente somos amigos Dele, que disse: "Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando".É tão grande a nossa vulnerabilidade, mesmo para os já convertidos ao Evangelho, que o Apóstolo Paulo escreveu: "Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte ? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado" (Romanos 7:19-25)Por vezes, sinto-me parecido com o Apóstolo Pedro, que. como profetizado pelo Mestre, ouviu o galo cantar depois de ter negado por três vezes a sua fé em Jesus. Sabemos que há muitas outras maneiras de se negar a fé em Cristo (e, assim, declararmos a nossa inimizade para com Ele), e isto se verifica também quando relativizamos ou desprezamos os valores imutáveis e absolutos da Sua Palavra.O livro do Profeta Zacarias, escrito por volta de 6 séculos antes do nascimento de Jesus, já anunciava como se daria a relação do Mestre com os seus algozes: "E se alguém lhe disser: Que feridas são estas nas tuas mãos? Dirá ele: São feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos" (Zacarias 13:6).Entretanto, "Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo" (2 Timóteo 2:13)Peçamos, pois, perdão a Deus, pelas nossas atitudes desleais para com Ele e com o nosso próximo, a quem, mesmo chamando de amigo, às vezes fazemos comentários maldosos e depreciativos."Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça" (1 João 1:9)

terça-feira, 15 de junho de 2010

“Tudo é vaidade e correr atrás do vento” (Ec 2.17)

Tudo? A beleza das flores? O perfume do jasmim? As cores da rosa? Tudo? O campo de neve? As florestas da Amazônia? O cume dos montes? Tudo? O passeio na praia? O banho do mar? A areia incontável? Tudo? O luar do sertão? A sanfona da roça? O frango com quiabo? Tudo? O som da harpa? A doçura da flauta? As filhas da música? Tudo? O tamanho da baleia? A altura da girafa? As cores do camaleão? O mel das abelhas? O trabalho das formigas? O vôo do beija-flor? A força do leão? A bolsa do canguru? A longevidade da tartaruga? A viagem das andorinhas? Os dentes da cascavel? A velocidade do falcão? Tudo? O aperto de mão? O abraço apertado? O beijo na face? O afago da criança? Tudo? O primeiro amor? A primeira carícia? A primeira noite? A primeira gravidez? O primeiro filho? O primeiro sorriso? O primeiro beicinho? A primeira palavra? O primeiro passinho? Tudo? O presente que se dá? O presente que se recebe? O amor fraternal? Tudo? A revelação natural de Deus? A consolação das Escrituras? O ministério do Espírito? Tudo? A dor de dente que passou? A biópsia que nada revelou? A doença curada? Tudo? O riso depois do choro? A noite depois do dia? O dia depois da noite? O verão depois do inverno? O inverno depois do verão? O sol depois da chuva? O aguaceiro depois da seca? A calma depois do furacão? A paz depois da guerra? O amor depois da briga? O perdão depois do pecado? A morte depois da vida? A vida depois da morte? Deus depois de tudo? Tudo? Os que fazem ciência? Os que escrevem livros? Os que compõem música? Os que curam o corpo? Os que ouvem a lamúria? Os que promovem a paz? Os que fazem rir? Os que anunciam as boas novas? Tudo? O amor de Deus? A misericórdia de Deus? A graça de Deus? A soberania de Deus? A glória de Deus? A onipotência de Deus? A onipresença de Deus? A onisciência de Deus? Tudo? A graça comum? A graça especial? O Verbo que se fez carne? O Cordeiro de Deus? O Alfa e o Ômega? Tudo? O véu do templo que se rasgou? O triunfo da cruz? A vitória do bem sobre o mal? O esmagamento da serpente? A morte da morte? A ressurreição dos mortos? O novo corpo? Os novos céus e nova terra? O Apocalipse?

A Praga do Fastio

Há uma praga pior do que as pragas do Egito. É a praga do fastio. Ela causa decepção, tédio, repugnância, aversão, enfartamento e outras complicações. É melhor ter piolhos no corpo, na casa e no campo do que sentir-se entediado. É preferível enfrentar moscas e rãs por toda parte do que aturar o desgosto provocado pelo excesso de alguma coisa antes fortemente desejada. Não foi sobre o Egito que Deus enviou a praga do fastio. Foi sobre o povo eleito, quando Israel estava acampado no deserto de Parã. Ali os israelitas e os estrangeiros que estavam no meio deles tiveram saudades do Egito, dos peixes que “comiam de graça”, dos pepinos, dos melões, dos alhos e das cebolas. Vítima da terrível doença da memória curta e esquecido de que nada era de graça no Egito, o povo de Israel queixou-se amargamente do pão que de graça descia do céu em quantidade suficiente dia após dia: “Não há mais nada para comer, e a única coisa que vemos é esse maná!” (Nm 11.6, NTLH). Eles queriam outra comida e Deus lhes deu uma enxurrada de carne para comer. Um enorme bando de codornizes invadiu o arraial voando a menos de um metro de altura e foram apanhadas pelo povo numa extensão de trinta quilômetros durante dois dias e uma noite. O que menos “colheu” teve no mínimo mil quilos, o suficiente para encher 2.200 latas de um litro! E o povo comeu aquela carne um dia, dois dias, cinco dias, dez dias, vinte dias, um mês inteiro, até sair pelo nariz, até não agüentar mais, até não poder ouvir falar de carne, muito menos de codornizes. Era a praga do fastio, o castigo do fastio, o tormento do fastio (Nm 11.1-35). Há outros exemplos de fastio na Bíblia. Fastio de ouro e de prata, de possessões e riquezas, de servos e servas, de sabedoria e cultura, de trabalho e realizações, de fama e glória. É o caso do desesperado autor de Eclesiastes, para quem, no auge do fastio, “tudo é vaidade”, “correr atrás do vento” e uma eterna mesmice (Ec 1.1-5, 20). É provável que no último carnaval muitos brasileiros tenham sido atingidos não pela praga do fastio de codornizes, mas pela praga do fastio de sexo. Ou de camisinhas, tendo em vista os 19,5 milhões de preservativos que o governo distribuiu ao povo.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Observe sua esposa

Hoje é um dia especial.
Numa noite fria de outono de 1994 nasceu em mim um grande amor... É, faz 16 anos que comecei namorar como a minha esposa. Que lembrança... Lembro do seu cheiro, do seu beijo. Da roupa que ela usava. A sensação da pele fria... do abraço...
Hoje o Espirito Santo, sussurrou estas palavras ao meu coração, então me sentir impulsionado á verbalizar e compartilhar o que senti neste dia.
OBSERVE HOJE SUA ESPOSA!
Nós homens casados, estamos observando tantas coisas neste mundo. Observamos os noticiários, observamos o jogo de futebol, observamos nossa conta bancaria, observamos nosso ministério, observamos nossa vida, observamos nossos filhos, alguns observam até a mulher do próximo, mas hoje Deus lhe fala: Observe sua esposa! Preste atenção nela...
Pensei sobre minhas atitudes para com minha esposa, então percebi que, não estou observando-a. Que erro grave! Lamentável minha atitude. O que tem adiantado buscar conhecimentos em livros enquanto não conheço o coração da minha própria esposa. Você tem observado sua esposa? Você conhece o coração dela? Perdemos a sensibilidade de observamos nossa esposa com um bom olhar. Estamos correndo, mas estamos deixando o favor de Deus para trás. (Prov. 18.22) Estamos ao lado dela, dormimos na mesma cama, mas não estamos observando nossa esposa. Não estamos enxergando o seu belo coração. Às vezes juntos, porém separados! O que adianta observar tudo e não observar aquela á qual juramos amor e fidelidade no altar. Assim estão muitos esposos. Infelizmente, estamos abrindo nossa boca simplesmente para reclamar e dizer coisas desagradáveis. Elas só escutam crÍticas vindo de nós. Cansamos os ouvidos delas com nossa ladainha. Hoje, as esposas estão se sentindo muito só. Basta você perguntar para sua esposa e se ela for sincera contigo, veremos que não estamos cumprindo com o nosso papel. Tantas esposas se sentindo rejeitadas, não pelo mundo, mais por aquele que decidiu compartilhar sua vida ao lado dela. Por isso, decidir hoje, observar minha esposa....Observei o sorriso dela, vi seus belos dentes. Confesso, tinha tempos que não fazia isso.Observei a tonalidade de sua voz. Que voz linda! Voz única.Observei a roupa que vestia. “Acho que tenho que comprar novas roupas”. Mas ela tem roupas que marcaram nossos dias. rsrs. Observei sua conduta perante o dia. Uma batalhadora. Observei o cuidado dela para com as nossas filhas, que mãe excelente. Observei sua forma de cozinhar. Que comida maravilhosa. Observei como se dedica á ajudar ao próximo. Mulher amiga! Observei como ama a obra de Deus. Mulher Virtuosa! Observei também que seu coração está ferido por minha causa. Que triste! Observei que há tempos que não levo uma rosa para ela. Que falta de consideração! Mas, hoje lhe encaminhei rosas. Observei que eu não estava á observando ha tempos. Observei que eu precisava tocar a alma dela. Em meio há tantas observações concluir que, eu não posso continuar assim! Tenho que melhorar como esposo, tenho que zelar pela dádiva de Deus. Nós, temos tempo e disposição para todos e quando nossa esposa nos pede dez minutos, negamos! Hoje eu posso melhorar meu relacionamento com ela. Hoje eu posso pedir perdão. Hoje eu posso falar: Me apaixonei por você novamente! Esposa! Presente de Deus. Que tal mudarmos a nossa agenda de vez em quando por causa delas? Espero que você e eu façamos isso: Observermos as nosas esposas! Agradecer á Deus por elas. Ajudá-las á melhorem os erros que muitas das vezes atrapalham o relacionamento. Dar o nosso ombro amigo á elas. Considerá-las como o vasos frágeis. Até quando estaremos casado? Isso dependerá da forma que observaremos nossas esposas. Não podemos continuar como estamos! Senhor, me ensine a observar minha esposa com olhos de amor. Esta rosa tão preciosa que o Senhor plantou em meu jardim. Preciso enxergar as mais belas e tensas cores que o Senhor deu a minha esposa. Por isso, querida esposa, hoje eu lhe observo mais do que ontem e te observarei amanhã mais do que hoje. Senhores esposos, observem hoje, suas esposas e façamos a chama do amor incendiar entre nós.

A fé e a razão

Não, o conformar aí tem o sentido de "tomar a forma", "adaptar-se ao ambiente", e é exatamente isso o que Deus não quer [que nos adaptemos ao mundo]; tanto que nos ensina, no mesmo texto, que devemos nos transformar pela renovação da nossa mente. Òbviamente, que não é, reiteramos, transformarmo-nos no sentido de resignação, passando a fazer o que "todo mundo faz", ou o que todos gostam. O conformar, transformando-nos pela renovação da nossa mente, é passarmos a ter a mente de Cristo, uma mente limpa, uma mente pura, uma mente sadia, uma mente santa, na qual não penetram maus pensamentos, nem más intenções.Aí sim, com esse culto racional, com a mente de Cristo em nós [uma mente sadia, santa], vamos experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus agindo em nós, e a nosso favor, com a ausência dos "espíritos enganadores", que operam nos "cultos" do ocultismo, do paganismo, do esoterismo, da New Age [no nosso parco entendimento, movimento precursor do anticristo], etc.Não há necessidade de, e nem é desejável, "entrar em transe", "entrar em alfa", ou quaisquer coisas semelhantes, onde a presença do Espírito Santo de Deus não é alcançada pelos corações dos adoradores do Deus Único e Verdadeiro, que fez o universo [terra, céu, habitantes, e tudo o que neles há].O capítulo 12 de Romanos, de onde extraímos os dois versículos acima, é abundante em bênçãos que alcançamos quando o culto é racional, e racional porque prestado por uma mente santa, a mente de Cristo em nós.Há inúmeras bênçãos que recebemos e podemos compartilhar, tais quais:- amor sem hipocrisia; detestar o mal, apegando-nos ao bem; amor cordial e fraternal; zelo; fervor; servir ao Senhor; regozijo na esperança; paciência na tribulação; perseverança na oração; compartilhar as necessidades dos santos [convertidos a Jesus, separados para o Seu serviço]; hospitalidade; abençoar os nossos perseguidores [e não amaldiçoar]; alegrarmo-nos com os que se alegram; chorar com os que choram; ter os mesmos sentimentos uns para com os outros; não orgulhosos; condescender com os humildes; não sermos sábios aos nossos próprios olhos; não tomar a ninguém mal por mal; esforçarmo-nos para fazer o bem diante de todos; se possível [se depender de nós] ter paz com todos; não exercer a vingança, mas dar lugar à ira, porque a vingança pertence ao nosso Deus; dar de comer ao inimigo, se ele tiver fome; dar água a ele, se tiver sede; e, finalmente não nos deixarmos vencer do mal, mas vencer o mal com o bem. Tudo isso e muito mais (Gálatas 5. 22-23), é o fruto do Espírito Santo de Deus em nós, quando lhe prestamos culto racional, sincero, com ordem, com decência, com bom senso, com boa fé [não fingido], enfim um culto de coração sincero, com amor sincero, às vezes emocionados, mas sem escandalizar a outrem.Cuida, ainda, o capítulo em exame, dos dons espirituais, os quais Deus dá conforme lhe apraz (I Co. 12. 11), e sempre para um fim proveitoso (I Co. 12. 7); e a Palavra nos ensina que devemos procurar os melhores dons (I Co. 12. 31), sendo os principais: fé, esperança e o amor, mas o maior destes é o Amor (I Co. 13. 13). Se os dons forem usados adequadamente em nosso culto a Deus [não necessariamente por duas horas no domingo, e na igreja], mas a cada momento, cada segundo de nossas vidas, de domingo a domingo, e usados com as mesmas recomendações, acima já explanadas, Deus terá encontrado os adoradores que o adoram em Espírito e em Verdade (Jo. 4. 24). Certa feita, vimos um Pastor despedindo suas ovelhas, após o culto dominical, dizendo: "Bom Culto". Sim, ele tem razão, estamos saindo do culto coletivo em direção ao culto individual, durante toda a semana, em todos os momentos, conforme nos diz a Escritura: "tudo o que fizerdes, fazei-o para a glória de Deus" (I Co. 10. 31). Que Deus seja cultuado sempre por todos nós, racionalmente, com a mente santa, com alegria [alegria respeitosa, melhor dizendo, reverente], e abençoe a todos.

Porque a Escola Dominical é um fracasso (Resposta)

Postagem enviada pelo irmão Willian, um comentário ao texto publicado com o mesmo título no dia 07 de julho de 2010. Vale a pena ler de novo e conferir o comentário do Doutor Willian Fernandes Cotta.
Infelizmente eu tenho que concordar que nestes últimos anos a ED. tem sofrido muitos fracassos. Talvez por alguns motivos: Falta de espaço ou estrutura na Igreja (as salas ficam todas juntas), falta de materiais (lousa, retroprojetor, Data-show, briquedos educativos, audiovisuais e outros...)Pois esse tipo de material bem usado trás uma melhor interatividade com os alunos e a aula fica mais interessante. Além preparo dos professores, Foco nas aulas, motivação, prazer e interesse em ensinar e a aula em si, que precisa ser bem planejada, com novas informações, nova didática (as vezes um debate, um teatro, uma dinâmica, uma ilustração e outros...Pra falar a verdade a ED precisa ampliar os seus horizontes, buscando novas idéias, novos métodos, com muita criatividade nas atividades em grupo, com propaganda da ED. e das aulas, brindes, atenção aos alunos (criar uma rede de relacionamento através do e-mail, orkut, facebook entre outros). Fazer Passeios com todos os envolvidos na ED, (quebrar o gelo da rotina) coversar, dar risadas juntos assistir um filme refletir... enfim, fazer coisas diferentes!!!É isso aí, acho que a ED. tem muito que fazer para poder cativar melhor os membros de nossa Igreja, vale a pena pensar nisso...
Um grande abraçooo...
William Fernandes

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Dúvidas, uma questão de fé...

A Dúvida faz parte de nossa vida.
C. S. Lewis fala sobre a dúvida de maneira interessante: "como saber se o gato está ou não dentro do armário, a própria razão sussura: vá e olhe". (Milagres. ed. Vida)

Quando era adolescente sofria muito, pois dentro de mim não haviam somente certezas a respeito das "coisas" de Deus, pelo contrário, existiam muitas dúvidas em meu ser inquietante. Pedia que Deus aumentasse minha fé, pois não queria ser um incrédulo. Hoje, já sou um homem e como o apostolo Paulo, digo que, quando era menino fazia coisas de menino, agora que sou adulto devo proceder de maneira amadurecida. A dúvida ainda me machuca algumas vezes, mas ela não exerce em mim tanta dor como antes. Confesso que ainda não aprendi a viver totalmente com ela, mas tenho à enfrentado arduamente  Hoje a dor vem não mais por causa da dúvida em si, e sim por causa dos descobrimentos que ela traz, é... às vezes a realidade é mais dura do que nós gostaríamos que fosse.
Hoje sei que a dúvida faz parte de nossa humanidade, diferentemente de como a religião a interpreta e, com exagero, a mistifica como algo demoníaco. Hoje sei, como afirmou Elienai Cabral Jr. em seu livro SALVOS DA PERFEIÇÃO que “não há pensamento sem a dúvida. Ela é a questão aflita que promove investigação e novas descobertas. Primeiro, desestabiliza o que já está estruturado e sobre o que calcamos nossas crenças, valores, projetos e esperança. Desestrutura a convicção que garante alguma segurança”.Naturalmente, o ato de duvidar não consiste essencialmente em negar uma realidade, mas significa refletir com racionalidade alguns modelos de fé que são pródigos de realidades divinas. No caso de Tomé, ele precisou tocar no corpo de Cristo para certificar-se da realidade. Por esse ato, Tomé fortaleceu ainda mais sua fé na realidade do Cristo ressurreto. Por outro lado, como interpretamos a fé?
Bom... aí esta questão fica pra outras postagens. Certo?
Angelo

Salvos da Perfeição

Deus de tão perfeito conheceu a plenitude do tédio. De tão cercado
pelo idêntico a si mesmo, incapaz de dizer por que hoje não é apenas
um refl exo de ontem, sem jamais ter sonhado com um outro dia,
enfadado com a previsibilidade de um mundo impecável, inventou
o amor. Ou seria, preferiu amar?
A invenção do amor, ou dos amigos, é o encontro com o imperfeito
e aqui está a sua grandeza. Nada se compara ao êxtase da
imaginação, à adrenalina do inusitado, ao ciúme diante do livre
amante, à ardência do anseio pelo melhor, ao sabor fugidio do
fugaz, à satisfação de um mundo transformado, ao descanso
gostosamente dolorido diante do que não mais é caos. Sensações
próprias da vida imperfeita, do que está para sempre para ser, dos
que sempre podem desejar uma outra coisa. Dos humanos.
Logo depois de inventar o imperfeito, Deus conheceu a lágrima
da frustração. A dor mais feliz que espíritos livres sentem.
Viu as costas dos que mais amou. Duvidou sem desistir, o Criador
chorou mais uma vez. Desta lágrima descobriu o perdão. Lágrima
esquentada com afeto e graça.
Malcompreendido pelos amigos, inimigos tolos, pecado,
recobriram-no de ídolo. De tão cansados do incerto, angustiados
por tanta liberdade, os amigos inventaram ídolos, pretensos profetas
e arrogantes senhores do futuro, sacerdotes e magos de um deus
acuado, cristos milagreiros da mesmice ressurreta. Inventaram
a religião, vestiram-se de absoluto.
Deus, que do absoluto fugiu em desespero, que inventara o
imperfeito, imperfeito se fez. Inventou-se entre os incertos.
Aperfeiçoou a imperfeição. Humanizou-se entre humanos.
De tão impreciso, despido das forças do absoluto, igualmente
inapreensível, excepcionalmente frágil, tão vivo e tão morto,
descortinou o absoluto como quem desnuda o que é mau.
Imperfeito, salvou-nos da perfeição.
Elienai Cabral

terça-feira, 8 de junho de 2010

Você já está todo limpo?


Ser discípulo de Jesus é, antes de tudo, estar disposto a aprender com Ele e imitá-lo.O problema é sair do plano teórico e botar a mão na massa.Certos comportamentos humanos expressam o nível de indisposição de seguir o caminho da humilhação e da renúncia, ensinado pelo Mestre e Salvador, Jesus Cristo.Esta é a razão pela qual algumas atitudes do Mestre foram inicialmente incompreendidas pelos Discípulos. Quando Jesus resolveu lavar os pés de Pedro, este assim falou: "... Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo. Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça. Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais está todo limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos. Porque bem sabia ele quem o havia de trair; por isso disse: Nem todos estais limpos. Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito? Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou. Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes" (João 13:8-17).Esta passagem bíblica lida é a expressão viva do verdadeiro chamado do Evangelho.Em outras passagens bíblicas, Jesus também declarou que segui-lo requer atitudes de abnegação, humildade e simplicidade. Nem todos que o ouvem têm vontade de segui-lo. E isto se repete hoje em dia, visto que muitos, embora sendo frequentadores de Igrejas, não levam um compromisso sério com Cristo no seu dia-a-dia.Já naquela época, após mais uma pregação ungida e desafiadora do Mestre, muitos dos seus discípulos disseram: "Duro é este discurso; quem o pode ouvir?" (João 6:60b)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O Getsêmani, lugar da prensa


Introdução
O que é uma prensa? Objeto formado de duas hastes para prensar, esmagar, comprimir, moer, principalmente azeitonas na fabricação do azeite. Getsêmani significa "lagar de azeite", era um jardim com muitas oliveiras. Para se extrair o melhor azeite, o extra virgem, as azeitonas são prensadas a frio, então, muitos chamam este lugar, de lugar da prensagem, uma referência a agonia de Jesus. Se olharmos para Isaias 53;5-7, lemos que é exatamente o que está para acontecer com o Senhor Jesus. Neste texto de Mateus, está para acontecer o que Isaías já contempla em seu livro, Ele foi moído pelas nossas transgreções. Olhando para o texto já citado de Isaías, podemos entender o lado humano de Jesus, seu temor, sua agonia e, sobretudo seu amor doador.
Muito além da angústia por você
Esta é uma das poucas passagens sobre Jesus que é narrada pelos quatro Evangelhos, e as descrições deixam claro o sacrifício grandioso de Cristo. Em Mt 26:37 fala do lugar onde Jesus entristeceu-se e angustiou-se, por algumas vezes, Jesus falou para os discípulos a forma como morreria, mas agora, estava a poucas horas de acontecer, parecia pressentir que o povo que o aclamava em sua entrada em Jerusalém, Mt 21, seria o mesmo que uma semana depois, estaria gritando crucifica-o, são as mesmas pessoas, pelas quais Ele morreria. Sentia pavor e angustia, diz Marcos 14:33. Era o mesmo Jesus que em momento de exaltação do povo, quando de sua entrada em Jerusalém, talvez, exaltação esta, motivada pela ressurreição de Lázaro Jo 11:1-46, Jesus chorou, por ver a atitude do coração de cada pessoa, pois quando vêem, acreditam. Ou pelo menos vão à procura. Porém, sem sinceridade.
O lugar da oração não respondida
Getsêmani é o lugar da oração não respondida, “passa de mim este cálice” Mc 14: 36 podemos dizer em uma colocação para nossas vidas que é o lugar certo como motivações erradas, lugar em que o coração do homem é colocado à prova, lugar onde o medo humano quer falar mais alto, medo da reação da família, da sociedade, medo de ser visto como fanático, isto emperra as ações que favoreçam a vontade de Deus, as vezes, são motivações certas, porém, em lugares errados, em que Deus, não pode ouvir. Pois está além de sentimentos religiosos. Que sentimentos movem o seu coração?
Quantos buscam a Deus por uma resposta para seu sofrimento
Getsêmani é o lugar do Cálice do sofrimento não removido, “Por que para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós”. Rm 8:18 “Na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus”. Rm 8:21. Analisando as palavras de Jesus, só podemos imaginar o lado humano Dele em ação, contudo, Deus o fez cem por cento Deus, ao ver, depois de horas de oração, que sua vontade e a de Deus Pai convergiam, então precisava decidir, seguir a vontade do Pai. No entanto, em nosso caso, o apóstolo Paulo parece explicar bem o que acontece, primeiro fala de algo que transpõe nossos sofrimentos, ser participantes dos sofrimentos de Cristo para participarmos de sua glória. 2 Cor.4:17, em termos mais profundos, expressa a transformação e enobrecimento pelo qual passa cada crente com a manifestação de Deus em sua vida, e que através desta manifestação a criação será liberta de suas imperfeições, com isto, virá a regeneração de todas as coisas,MT 19:28; At 3:21;AP 21:1. A libertação em glória a ser desfrutada por todos aqueles que recebem a Cristo com Senhor e SALVADOR. Deus não quer apenas nos livrar dos sofrimentos físicos, e sim, nos renovar espiritualmente.
Conclusão
Para chegar ao Getsêmani, Jesus passou pelo vale de cedrom, “Escuro”, Jo 18:1, neste vale se lançavam ídolos e outras impurezas, 2 Reis 23:4,6,12; 2 Crônicas 29:16. Em nossa caminhada para o Getsêmani, que também é um encontro em sinceridade com Deus, onde colocamos diante Dele nossas fraquezas, devemos passar pelo vale de cedrom, e lançar fora nossos ídolos, e ideologias, somente assim seremos capazes de orar de acordo com a vontade do Pai, e se assim o fizermos seremos atendidos. Pois, “E esta é a confiança que temos para com Ele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, Ele nos ouve. E, se sabemos que Ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito”. I Jo 5:14,15.

Por que a escola dominical é um fracasso?

Hoje, com raras exceções, a Escola Dominical tem sido um grande fracasso na maioria de nossas igrejas. Qual é a razão, ou o motivo, deste fato tão lamentável?Estou escrevendo logo após retornar da igreja onde mais uma vez não houve escola dominical simplesmente porque não havia alunos. Um conhecido pastor, e professor, disse certa vez que aprender se aprende sem professor, mas ensinar não se ensina sem alunos. Sem alunos, portanto, não há escola dominical.É uma pena que a igreja, na sua grande maioria, não frequente mais a Escola Dominical. O renomado pastor Antonio Gilberto nos disse, quando fiz o CAPED (Curso de Aperfeiçoamento de Professores de Escola Dominical), que a EBD é o trabalho mais importante da igreja, pois é o único departamento de ensino - e é onde se prepara os crentes de todas as idades visando o crescimento da igreja em todos os aspectos. Portanto, uma igreja que não tem esse departamento atuante perde em qualidade e em quantidade. Em outras palavras: já começa o jogo perdendo para o nosso maior adversário. Esta é uma triste verdade.Este assunto já foi sobejamente debatido em muitas reuniões, mas nunca se chegou a uma conclusão sobre o mesmo. Enquanto a igreja não priorizar o ensino através da escola bíblica normativa e sequencial de forma séria e compromissada não obterá êxito. Eu sei que os obstáculos são muitos: levantar de manhã num domingo agradável de sol em que se pode fazer um "belo passeio", levantar cedo com chuva e frio quando se pode ficar mais tempo na cama, levantar com sono depois de uma noite mal dormida quando se pode dormir mais algumas horas... Soma-se a isto os problemas do dia a dia que não são poucos e o resultado será sempre o mesmo: não dá para is à escola dominical. É por estes e tantos outros motivos que a grande maioria dos crentes de hoje não vai á igreja no domingo de manhã. E a igreja fica vazia ou nem é aberta como aconteceu hoje comigo. Foi muito frustrante.Eu sei que não é fácil ir à escola dominical - e muita gente não gosta desse tipo de culto. É um culto interativo em que todos podem participar, fazer perguntas e questionar. Há classes de acordo com as idades e cada uma tem o seu espaço e depois todas se reunem no templo para fazer um resumo do que estudaram e aprenderam na aula. Crianças, jovens, adolescentes e adultos apresentam o seu trabalho participativo e se apresentam cada um de per si. É lindo e enriquecedor; é sem dúvida o momento mais sublime na vida da igreja. Mas infelizmente esse cenário não existe mais, ou raramente é visto, principalmente nas chamadas igrejas pentecostais. A maioria dos crentes prefere ir à igreja somente no culto à noite onde há muita cantoria, mas quase nenhum conteúdo bíblico. Por outro lado, a igreja se preocupa mais com festas, shows, entretenimentos e política do que com o ensino bíblico. Uma típica inversão de valores. Isto me lembra o profeta Oséias que certa vez escreveu: " O meu povo foi destruido, porque lhe faltou conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueces da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos". (Oséias 4.6). Palavra dura, mas é a Palavra de Deus - perfeitamente aplicável nos dias de hoje. Que tal irmos todos juntos á Escola Dominical no próximo domingo?

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Pastor... que homem é esse?

O pastor é um soldado em combate. Ele vive cercado de inimigos por todos os lados; inimigos gigantes.Cercado por dentro: ele tem de lutar contra os próprios medos; os próprios pecados; as próprias fraquezas, desejos e angústias. Tem de lutar contra a solidão (a qual sua posição muitas vezes o leva). Tem de lutar contra a própria insensatez, impaciência e incompetência. Tem de lutar contra as necessidades materiais, conjugais e familiares.Cercado a esquerda: ele tem de lutar contra as vãs filosofias e sutilezas malignas que adentram o rebanho para dispersar as ovelhas, confundir, corromper e distorcer a verdade a qual tem por missão defender. Ele tem de lutar contra os falsos ensinos, que mantêm prisioneiras do engano as pessoas que precisa alcançar.Cercado a direita: ele tem de lutar contra a ingratidão do povo, a incompreensão e a crítica (característica comum daqueles por quem está dando o sangue).Cercado por trás: ele tem de se defender dos companheiros que, apesar de estarem na mesma frente de batalha, atacam-lhe pelas costas como se inimigos fossem.Cercado na frente: ele tem de lutar contra os prazeres que o mundo oferece para seduzir as pessoas, pois a sua missão é cuidar, defender, resgatá-las. Tem de enfrentar ainda a indiferença, a apatia e a falta de entusiasmo dessas pessoas para com as coisas de Deus; tentando motivá-las.Cercado por baixo: ele tem de lutar contra o diabo e as suas hostes malignas, que fazem oposição a Deus e à sua obra, a qual foi constituído fiel depositário.Como se não bastasse a luta, esse homem é cobrado por Deus, pela sociedade, pela sua denominação, pelo seu rebanho, pelos colegas de ministério, pela família e até por si próprio.Este homem não pode esperar recompensas enquanto batalha. Ele sabe que só será recompensado após o fim da guerra, quando encontrar-se pessoalmente com o seu General.Quem pode suportar tamanha luta, tamanhos inimigos, tamanha pressão? Quem é suficiente para esta batalha?Eclesiastes 9:10 diz: "Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças". Mas esse homem sabe que a missão que lhe foi confiada por Deus está muito além das suas forças.Ele têm consciência que, como Davi, sozinho, jamais poderá vencer o gigante que amedronta todo o exército; só poderá vencer se for na força do Senhor.Então, o pastor é um soldado valente, porém, fraco. Ele está cônscio das próprias limitações; mais do que qualquer outra pessoa. Mas, como Paulo, o apóstolo, sabe que o poder de Deus se manifesta e se aperfeiçoa na sua fraqueza.Por isso, a sua força é extraída unicamente da graça que há em Cristo. Apegado à essa graça, ele sofre todas as aflições, como bom soldado, na certeza de que um dia triunfará, marchando vitorioso ao lado do seu General.
Jair Souza Leal

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Outro Deus e outra Espiritualidade

Ed René Kvitz

CHEGOU A MINHA VEZ DE DIZER QUE “Deus morreu, vocês mataram Deus”. Sei dos riscos. Dizem que gato escaldado tem medo de água fria. Mas alguns gatos não se dão por vencidos. Aliás, dizem também que gatos têm sete vidas. Que seja. Tudo bem, posso atenuar um pouco, respeitando as pessoas que me querem bem e temem por mim. Temem que eu me comprometa em lutas quixotescas. Temem as retaliações que possa sofrer. E, na verdade, temem que eu perca o juízo e a fé. Nesse caso, dou um passo atrás e digo
que um deus morreu em mim, e nasceu outro, que me seduziu com amor eterno. Por ele me apaixonei. O deus que morreu foi exaltado na subcultura da religiosidade evangélica brasileira. Era basicamente um deus que: 1) vivia de plantão para me poupar de qualquer tragédia, evitar meus sofrimentos e abreviar as situações que me trariam qualquer desconforto; 2) prometia satisfazer não apenas minhas necessidades, mas também meus desejos; 3) estava comprometido com favorecer-me em todas minhas demandas contra os pagãos; 4) compensava minhas irresponsabilidades e ignorâncias em troca de minha fé; 5) manipulava todas as circunstâncias de minha vida como um tapeceiro que corta fios e dá nós no emaranhado do avesso do tapete para revelar a bela paisagem no fim do processo, capaz de encantar todos aqueles que olham pelo lado certo. Enfim, morreu em mim aquele deus parecido com a figura idealizada de um superpai, que levou homens como Freud, Nietzsche e Sartre a desdenhar da religião.

Esse deus morreu em mim porque se demonstrou falso. Isto é, não existia de fato ou estava descrito de maneira equivocada, pois não precisamos ser muito sagazes para perceber que o justo sofre e convive com frustrações, que os maus prosperam, que Deus não faz o que compete aos seres humanos e que não se pode conceber que Deus tenha decidido na eternidade que a missionária Fulana de Tal seria estuprada numa esquina de São Paulo para cumprir um propósito, pois, neste caso, o estuprador estaria isento de responsabilidade. Não é razoável a crença em um deus que coloca os seus fiéis numa bolha protetora contra toda sorte de dificuldades e possibilidades de dores. A Bíblia Sagrada registra que todos os homens que foram íntimos de Deus e cumpriram tarefas designadas por ele sofreram, mais até do que muitos que lhe deram as costas. Isso levou Teresa de Ávila a afirmar: “Se o Senhor trata assim os seus amigos, não se admira que tenha tantos inimigos”. Tampouco faz sentido o relacionamento com Deus motivado pelo interesse em suas bênçãos e galardões, pois isso faz que Deus deixe de ser um fim em si mesmo e se torne um meio de prosperidade, isto é, passa a ser um ídolo a serviço dos fiéis. Igualmente incoerente é acreditar que a fé é suficiente para o êxito, pois ninguém passa no vestibular “pela fé”. Finalmente, não é sensato acreditar que Deus é a causa de tudo quanto acontece no mundo, pois, se assim fosse, Deus estaria por trás de todo ato de maldade, levando o malvado a agir, de modo que ninguém seria culpado por seus atos. Essa coisa de “Deus tem um plano para cada criatura” é incoerente em relação à fé cristã, pois seres criados à imagem e semelhança de Deus não podem ser privados da liberdade. Ou os seres humanos são responsáveis por seu destino, ou não podem ser julgados moralmente. Esse deus morreu.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Marketeiros espirituais

A vida ministerial de Jesus e de seus Apóstolos foi marcada pela discrição e humildade, virtudes que parecem ausentes na vida de muitos "pastores" dos dias de hoje.

Estranha-me, em alguns dos cultos televisionados, a forma arrogante com que muitos líderes tratam a questão da cura, atribuindo até mais unção de Deus em suas vidas e ministérios. Há um televangelista, que se intitula "apóstolo", a quem as ovelhas do seu rebanho buscam tocá-lo, por acreditarem que receberão alguma benção especial da parte de Deus. Isto caracteriza uma atitude idólatra, que deveria ser combatida por quem se diz ser servo e sacerdote de Deus.

Este tipo de marketing pessoal e/ou ministerial é certamente condenado pelas Escrituras Sagradas.

Lembro-me de algumas passagens biblicas que ratificam o meu pensamento.

Veja o que disse Jesus, logo após ter liberto um homem possesso de demônio: "Volta para tua casa, e conta tudo quanto Deus te fez" (Lucas 8:39a). Observe que, nesta passagem bíblica, Jesus não pediu ao homem para anunciar aos outros que Ele (Jesus) tivera operado aquele milagre. Com isto, aprendemos que Jesus (ser divino em sua essência e substância), buscou unicamente a glória do Pai, quando esteve aqui na terra. Foi por esta razão que Jesus também falou: "Quem fala por si mesmo busca a sua própria glória; mas o que busca a glória daquele que o enviou, esse é verdadeiro, e não há nele injustiça" (João 7:18)

No tocante aos Apóstolos de Cristo, observe o que falou Pedro àqueles que viram Deus usá-lo (juntamente com João) para curar um coxo de nascença; "E quando Pedro viu isto, disse ao povo: Homens israelitas, por que vos maravilhais disto ? Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem ?" (Atos 3:12)

Disse João: "É necessário que ele cresça e que eu diminua" (João 3:30)

Aos fariseus, que eram gananciosos, disse-lhes Jesus: "Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação" (Lucas 16:14-15)

Disse o Apóstolo Paulo: "Porque não é aprovado aquele que se recomenda a si mesmo, mas sim aquele a quem o Senhor recomenda" (2 Coríntios 10:18)

Fernando Sampaio

Cristãos subversivos X evangélicofóbivos

Paulo, depois de passar por inúmeras provas e tribulações me deu o seguinte conselho: "Tenho por certo que as lutas desta vida não são comparáveis com as glórias do porvir". Então passo a refletir que o papel das lutas e tribulações é fortalecer-me na esperança infalível de que meu Redentor vive e voltará para completar o processo de salvação em minha vida sim, pois fui salvo no passado, pecado original, estou salvo no presente. Pecados cotidianos (tem consequências mais não me levam mais para o Inferno), serei salvo no porvir (não mais estarei sujeito as leis do pecado e nem a mercê de multiformes tentações ). Como ser humano e como Cristão Protestante ao estilo Irlandês, vivendo sob uma conjuntura Protestanteofóbica, muitas vezes somos levados a pensar que paresse mesmo, que o mal e o crime são recompensados por dias calmos e sem problemas(Salmo 73). Já pensei como os filho de Asaf e os “meus pés quase caíram”, mais ontem à noite eu conversava com Paulo, sobre o que ele quis dizer sobre as lutas e tribulações e para vergonha minha, descobri que as minhas lutas e perseguições nada mais são do que um processo normal do agir de Deus para aperfeiçoar meu caráter, para Seu bom serviço,tal vez você meu leitor me pergunte Joseano, mais tem alguma coisa errada com você? Leiam Mais em www.joseanolaurentino.blogspot.com

Tem, eu não acredito mais em denominação nenhuma, mais Amo a Igreja de Cristo da qual faço parte, entendi mediante as muitas lutas que passei, e que passo, que nas denominações manda mais quem paga mais, isto é válido para históricos, pentecostais, neo-pentecostais e pós-neo-pentecostais, seja lá o que isto signifique. Descobri que o Amor Cristão, está baseado no ter e não no ser, para muitos crentes denominacionais, você pode ser Homossexual,Ladrão, Assassino, Anticristão, Adultero,fornicário e mercenário. Desde que você tenha poder e prestigio sociais para agradar pastor e sociedade seja lá o que isto signifique. Conheço um Crente que os Amigos Já dizem que ele trocou Jesus e o Amor Cristão pelo Patrão ímpio e o que me dói é que sei que é bem mais que isto, este crente vendeu sua alma a corrupção moral deste grupo, lógo ele e outros que estão no mesmo barco, não podem gostar de gente como eu, Lutero, Calvino, e outros santos e verdadeiros servos de Deus, que sei que estão por aí vivendo como subversivos, o que nós temos nos tornado?. Eugene Peterson falava do” Pastor subversivo” e eu hoje já vejo que os verdadeiros cristãos são ou terão que se tornarem subversivos, mais Paulo me disse, Joseano ouça bem: “Alegre-se sempre no senhor. Novamente direi: Alegrem-se!. Seja a amabilidade de vocês conhecidas por todos. Perto está o Senhor. Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. 7- E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.8- Finalmente, irmãos, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas.9- Ponham em prática tudo o que vocês aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim. E o Deus da paz estará com você. (Amei ultimato deste mês ainda estou Lendo)

Quanto nós devamos dar Glórias a Deus em todo o tempo, o tempo todo pois este e o dever de todo ser no universo infinofinito principalmente do homem quer salvo, quer perdido. E isto o que Ele pede de nós.

Joseano Laurentino