terça-feira, 9 de junho de 2020

Wellington Barbosa | 22 de janeiro de 1974

Bem, terminamos hoje uma série de relatos com pequenas percepções a respeito dos filhos do Sr Luiz e da D. Isa.

Relembrar essas histórias, me fez refletir sobre a caminhada da nossa família e de como ela foi transformada pelo amor,  dedicação e trabalho de todos.
Dos mais novos aos mais velhos, todos, sem exceção participaram ativamente e contribuíram de forma significativa para a manutenção da vida e continuidade dos sonhos.
Nós tínhamos tudo pra dar errado, mas tudo deu bastante certo.
Já adianto que NÃO existem culpados nessa história. Somente vítimas.
Não há culpa em receber uma herança perniciosa que nos impossibilita enxergar planos melhores. 
Recebemos uma herança cultural, econômica e financeira que nos vitimizou, não nos dando chance de escolher os melhores caminhos para começar. 
Mas mesmo assim começamos. 
Começamos nossa caminhada com o que tínhamos em mãos, ou melhor, começamos com o coração, com o amor de uma família que sempre esteve junta em suas muitas alegrias e desafios. 

Pra mim este foi um dos textos mais difíceis de escrever, pois ao vasculhar esse momento histórico em minhas lembranças encontro um ambiente bastante dolorido e de muitos sentimentos angustiantes. 
Mas vou tentar manter o foco em nosso irmão mais velho, e com todo o respeito que ele merece apresentar um breve relato da minha percepção desta pessoa também muito especial pra mim.

Wellington Barbosa, nasceu em 22 de janeiro de 1974 em São Paulo. 
Desde quando me percebi por gente, ele já era o xodó de toda a família. 
Em todos os lugares que eu ia com ele, a impressão que tinha era de que todos gostavam dele. 
Ele era querido pelos tios, pelos amigos da família, era o queridinho da vovó que sempre o tratou com um carinho mais do que especial. 
Ele era bom em tudo o que fazia. 
Um bom nadador. 
Um bom jogador de futebol. 
Um bom aluno. 
Um bom lutador de Taekwondo.
Um bom filho.
Acho que foi por causa de tudo isso que comecei tentar imitá-lo e querer ser como ele. 
Na verdade, ele passou a ser um exemplo pra mim. 
O Wellington também teve uma participação muito ativa em minha alfabetização. Me ensinou os princípios elementares da matemática e me ajudou bastante em outras tarefas escolares e também sobre vários aspectos da vida.

Assim com os outros irmãos mais novos ele também começou trabalhar muito cedo e carregou, em alguns momentos, sobre seus ombros juvenis o peso de ser o único provedor da casa.
Além da árdua tarefa de ser o homem da casa em plena adolescência, ele tinha que aguentar uma pressão psicológica muito intensa nos períodos que o nosso velho se perdia em seus caminhos e decisões.
Não era só trabalhar para prover, mas ainda ter nervos firmes para aguentar as brigas e discussões dentro de casa. Ver sua mãe ser hostilizada e agredida física e emocionalmente, sem ter idade e nem condições psicológicas para defende-la ou se posicionar de forma contundente numa casa devastada pelo vício.
Ele sempre foi muito calado, mas não dá pra mensurar com exatidão as dores que um ambiente desse pode causar em um adolescente.

Não sei nem o que dizer sobre tudo isso.

Mas sei  que ele continuou lutando. Enfrentando seus medos. Suas angústias e profundas dificuldades. 
E prosseguiu sua jornada com hombridade.
Pra mim o ápice de sua maturidade foi vê-lo cuidar do nosso velho, quando este ficou doente. 
Fazer sua barba. 
Lhe dar banho, lhe vestir...

Cara, que exemplo você me deu.

Como familia, não tivemos muitas escolhas quando começamos.
Mas graças a Deus e a todos os irmãos, hoje podemos escolher os nossos rumos.
E as escolhas de hoje, podem nos levar a um futuro ainda melhor.
Um futuro que começou lá atrás, desbravado por um menino forte.
Abrindo clareiras em matas embrenhadas, facilitando o caminho de todos os outros que vieram em seguida.

Termino chorando. 

Mas orgulhoso por tê-lo como meu irmão.

Luciano Barbosa | 13 de março de 1980

Hoje eu preciso mudar o tom. Melhorar a empostação. Buscar eloquência nas palavras e formatar de maneira primorosa esta síntese a respeito de alguém especial em minha vida. Mas já adianto que provavelmente não conseguirei atingir tão alto e elevado nível de proficiência das normas cultas deste dificílimo idioma e certamente me faltarão palavras adequadas ao meu simplório vocabulário para personificar com maestria esta tão nobre pessoa com seus inúmeros atributos. 
Sendo assim, diante de toda esta complexidade existentes em enaltecer esta pessoa, começo me vangloriando a respeito de algumas vezes que tive que defende-lo na rua para não o deixar apanhar sozinho. E também faço questão de registrar, sem nenhuma glória pessoal, a vez que fui golpeado por este cavalheiro com um direto de direita do meu olho esquerdo, o que deixou um hematoma bem dolorido por vários dias. Sim, senhoras e senhores, falo do Luciano, um menino pardo que nasceu em 13 de março de 1980 em Caruaru, Pernambuco. Um dos filhos do meio de seis irmãos, com personalidade forte, que buscava o seu espaço no mundo de forma imponente e que aprendeu a lutar pela sobrevivência num mundo hostil desde muito cedo.
Minha mãe diz que ele deu um pouco de trabalho quando criança, que eventualmente era teimoso e desobediente e que por isso teve que  “discipliná-lo” mais do que a média dos outros irmãos. Isso acontece, cada filho externaliza seus conflitos e aspirações de maneira diferente. Mas, a palavra disciplina o acompanharia por toda sua jornada de vida, não por características depreciativas, mas pelos esforços empreendidos em todas suas batalhas, pelo foco, pelo empenho e pela força de vontade impressa à sua personalidade que reverberaria em todas as esferas da sua vida.
O menino pardo reescreveu seus caminhos de uma forma magistral e ajudou a transformar a história de uma família que tinha tudo pra dar errado.
Hoje o nego Lú é chamado de Dr. Luciano. Não por acaso ou sorte, mas por muito trabalho, esforço, dedicação e disciplina.

Te admiro meu brother.

Alexandre Barbosa | 26 de julho de 1981

Normalmente os irmãos do meio têm uma vida bastante desafiadora. Eles precisam de um esforço maior para encontrar seu espaço no universo familiar e conquistar a disputada atenção dos pais, que normalmente tem primazia entre o primogênito e o caçula. Segundo pesquisas, tal situação pode transformar os filhos do meio em bons negociadores, especialistas em cooperação e pessoas de raciocínio rápido. Eles precisam estar atentos ao que acontece ao seu redor e lidar de forma inteligente com as diferentes personalidades dos outros irmãos, fazendo com que sejam um dos mais queridos.
O Alexandre é um dos filhos do meio, de uma prole de cinco meninos e uma menina. Nasceu em 26 de julho de 1981 no hospital do Tatuapé em São Paulo, em uma das décadas mais difíceis que o Brasil enfrentaria em termos econômicos e financeiros.
Ele rapidamente se tornou o queridinho de todos, tão querido que foi o único a ganhar uma bicicleta de presente do seu irmão mais velho. Sempre teve um raciocínio rápido e respostas práticas na ponta da língua em problemas do cotidiano. Nas brigas de irmãos era sempre um dos mais tranquilos e normalmente quando estava envolvido era por instigação ou influência dos mais velhos.
Assim como seus irmãos, ele também começou a trabalhar muito cedo, assumindo responsabilidades que não eram compatíveis com sua idade. Mas seguiu firme em sua jornada, e mesmo com suas inúmeras dificuldades desbravou seus caminhos, venceu muitos obstáculos seguindo na construção de seu futuro. Futuro este, materializado e personificado com a chegada de seus filhos, que com certeza levarão à posteridade a essência de um homem bom e de bom coração.
É um dos irmãos do meio, mas assim como os outros, está no centro dos afetos, ocupando lugar central em nossos corações.

Flávio Barbosa | 14 de janeiro de 1983

Em 1983, um dos hits mais tocados nas rádios brasileiras era uma música do Gonzaguinha, interpretada pelo Fagner, Guerreiro Menino (Um homem também chora).
No início desse mesmo ano, mais precisamente em 14 de janeiro, nasce um Santo André, São Paulo, alguém que personificaria a figura paradoxal de um guerreiro menino.
Desde sua tenra infância, o Flávio sempre foi muito aguerrido, alguém que não fugia de uma boa luta e de um bom combate. 
Mesmo sendo o mais novo dos meninos, ele não se calava em meio aos inúmeros desaforos impostos pelos irmãos mais velhos que insistentemente o provocavam. Ele ia pra cima, com força e com vontade descomunal, mesmo diante de sua infante fragilidade na tentativa de enfrentar os seus algozes.
Desde muito cedo ele enfrentou com coragem os inúmeros desafios de uma infância pobre, começou trabalhar ainda muito jovem assumindo responsabilidades de gente grande. Um de seus primeiros empregos foi numa fábrica de blocos, um esforço extenuante sobre os ombros de um menino de doze anos, que ainda não tinha uma estrutura física e muscular adequada para aguentar um trabalho tão pesado.
Foi num ambiente hostil que ele se fortaleceu, se desenvolveu. Cresceu. Se casou. Teve filhos. E se tornou um homem de bem, um bom filho, um bom pai e um bom irmão. Uma pessoa com um coração enorme, com uma percepção de enxergar o outro em suas aflições de uma maneira muito aguçada e peculiar.
Ele é um sobrevivente! Um guerreiro que leva as marcas de suas lutas internas e externas, mas está sempre com uma cara boa, sorrindo e sendo sempre um menino brincalhão.
Espero que ao terminar sua missão ele possa dizer de forma altissonante: “Combati o bom combate, acabei minha corrida e guardei a fé”.
Obrigado pela força e por sua amizade.

Daniele Barbosa | 14 de junho de 1985

A Dani foi o último desejo de uma mulher que já tinha cinco meninos e por algum motivo a chegada de uma menina completaria sua alegria.
Ela chegou em 14 de junho de 1985, depois de um translado interestadual. Como diria o nosso velho, ela foi fabricada em São Paulo, mas desempacotada em Caruaru, Pernambuco.
Não sei se você consegue imaginar o ambiente que ela teve que crescer. 
Uma casa cheia de meninos, um pai extremamente machista e nenhum plano desenvolvido para as sutis delicadezas do universo feminino.
Com certeza Darwin ficaria espantado com sua adaptação e sobrevivência num ambiente hostil a feminilidade.
Embora sua mãe lhe desse alguns privilégios, estes eram eclipsados pelos comportamentos rudimentares dos seus irmãos.
Ela foi desafiada a ser forte e teve que desenvolver musculatura emocional e física.
Ela teve que brigar com meninos.
Ela aprendeu a jogar bola.
Ela aprendeu a se impor através de uma personalidade impactante. Se fosse diferente ela teria sido exterminada do meio dos capitães cavernas.
Ela aprendeu a ser da zoeira. E a zoar também.
Ela aprendeu a ser quase um menino, em suas brincadeiras, em seu modo de agir e em sua rudimentar forma de tratar os outros.
Ela se tornou uma mulher que não gostava de flores. 
Que não gostava de mi, mi, mi. 
Casca grossa.
E que, talvez por conta disso, deixe os conceitos de normalidade do que uma mulher deve fazer, serem questionados o tempo todo por sua mãe.

Mas lá no fundo, em seu DNA, há uma mulher que renasce todos os dias. 
Feminina. 
Com seus medos, inseguranças e dificuldades.
Delicada (há certa dificuldades de externalizar isso).
Embora sua musculatura emocional esteja adaptada ao mundo masculino, o seu coração bombeia fluxos feminino.
É uma irmã excelente.
É uma tia quase mãe.
E tenho certeza, se um dia quiser ser mãe, também fará um excelente trabalho com sua cria. 
Se não quiser, continuará sendo também excelente.

Que bom ter você como minha irmã. 
Obrigado pela sua participação em minha vida e pelas porradas indelicadas quando eu mais precisei.

terça-feira, 2 de junho de 2020

Quero trazer a memória, aquilo que traz Esperança

Em meados do século 6 A.C, os babilônicos investiram contra o reinado de Israel e sitiou a cidade de Jerusalém que ficava envolta por muralhas. 
A ideia central era invadir a cidade, saquear seus pertences e levar cativo tudo o que tinham de bom.
A estratégia utilizada foi cercar a cidade sem permitir que nada entrasse ou saísse, assim eles não poderiam receber suprimentos e mantimentos vindos de fora. Em pouco tempo de cerco, a cidade começou padecer de uma fome severa e muitas pessoas começaram morrer de inanição. Os que ainda resistiam estavam fracos e debilitados, incapazes de lutar com o exército inimigo que invadiu a cidade, destroçou as pessoas e a sucumbindo à ruina. (...)
(...) Tudo o que sobrou foi um rastro de destruição, milhares de mortos e os poucos que sobreviveram foram deixados pra morrer de fome e pestilências. 
Dentre esses havia um homem chamado Jeremias que registrou suas amarguras em um livro chamado Lamentações. Ele narra, em meio ao seu estado devastador suas intensas agonias e inclusive sua vontade de um dia não ter nascido (...) 
Mas em certo momento ele se concentra numa frase: “Quero trazer a memória aquilo que me dá Esperança”.
Ele não poderia continuar pensando na desgraça, mas precisava pensar na Graça.
Ele não poderia continuar pensando na morte, mas na Vida.
Ele não poderia continuar pensando na destruição, mas na construção e reconstrução de tudo o que havia perdido.
Então ele passa a ter forças e vontade para continuar vivendo. E isso o ajuda a mantê-lo vivo, lúcido e resiliente para prosseguir em sua missão (...)

Assim como para o Jeremias, pensar nessa frase: Quero trazer a memória aquilo que me dá Esperança, também tem sido algo positivo pra mim nestes dias pandemia, de isolamento social, angústias e medos.

Tenho tentado pensar em coisas boas. 
Pensar em tempos bons.
Pensar que mesmo com cicatrizes, vamos sair dessa.
Pensar que somos capazes de aprender novas trajetórias, novos rumos, novos caminhos e de até criar um novo Mundo.

Pensar assim não quer dizer que a dor não exista, mas que estou disposto a dar primazia a coisas melhores.  
Pensar naquilo que faz ter Esperança me faz continuar vivendo e lutando pra reconstruir meu mundo, interior e exterior.
Pensar naquilo que traz Esperança é enxergar um futuro melhor pra nós e ter de volta nossos encontros encharcados de palavras afetuosas.
Pensar naquilo que faz ter Esperança é sentir um abraço caloroso mesmo a distância e poder olhar nos olhos e dizer que tudo isso vai passar.


Angelo

O que fazes aqui? A pergunta de Deus

E ali entrou numa caverna e passou ali a noite; e eis que a palavra do Senhor veio a ele, e lhe disse: Que fazes aqui Elias?

1 Reis 19:9

E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias?

1 Reis 19:13


O que fazes aqui é a pergunta de Deus para Elias.
Elias estava fugindo, com medo de morrer. Se sentindo só, sem ninguém para lhe socorrer. 
Ele (Elias) dizia, só restou a mim como profeta e a rainha Jezabel quer me matar.
Depois de caminhar quarenta dias e quarenta noites numa fuga alucinada, ele entra numa caverna. Precisa se esconder...
E eis que a palavra do Senhor veio a ele: Que fazes AQUI elias.
Depois da noite ele vai para a entrada da caverna; e eis que pela segunda vez veio a ele uma voz que dizia: “Que fazes aqui, Elias?*

Pra mim um dos pontos mais interessantes dessa passagem é justamente a pergunta que Deus faz: “O que faz aqui?”
O que faz aqui e não O que faz aí, mostra um Deus que está onde Elias está. 
É a pergunta de um Deus que está perto de quem sofre. 
É a pergunta de um Deus que não está indiferente ao sofrimento humano.

Estamos vivendo dias muito difíceis. Dias de pandemia. Dias de insegurança financeira, psicológica e isolamento.
Muitos estão doentes. Muitos perderam a vida ou um ente querido. 
Outros perderam seus empregos, perderam a renda.
Há famílias que estão vivendo em preocupação contínua sobre como vão pagar as contas.
O futuro tem se mostrado bastante incerto, alheio ao nosso controle.
Em momentos assim, é comum a angústia se instalar em nossos corações e fazer a gente perder o sono.

Mas parece que nos momentos de intenso sofrimento, angústia a gente é obrigado a desacelerar e prestar a atenção a uma Voz que ecoa em nosso coração e pergunta: O que você faz aqui?
Sim, Deus está contigo nas aflições e te pergunta: O que você está fazendo aqui?

Eu particularmente não sei o quê ou como responder a Deus. Mas saber que Ele está perto, me acalma e me faz continuar.

Boa semana a todos

Angelo

As razões de um nome

Olá, sou um Nome, 

posso me expressar como um significado,
ou conceito a qual a palavra é remetida, 
como uma imagem acústica da palavra falada, 
e também como a representação gráfica da palavra escrita. 

Sou um signo que foi escolhido para nomear um individuo ao nascer e acompanha-lo por toda sua existência. Minha representação gráfica é Ângelo, uma proparoxítona forte, acentuada e um ícone que etimologicamente foi destinado a acompanhar anjos, seres enviados para cumprir os desígnios de Deus e que orgulhosamente deu origem a palavra Evangelho, sou muito feliz por essa herança genética e cultural.  Mas tem algo que as vezes me entristece, é que ao ser designado e escolhido para dar nome ao meu avatar, seus pais não pensaram em semântica, sintática e nem respeitaram as normas cultas do bom português. Eu fui registrado oficialmente depois de quatro anos, e como se isso não fosse trágico, ainda cometeram um erro crasso ao me deixarem sem o circunflexo, isso mesmo, transformaram uma proparoxítona em paroxítona, algo extremante danoso aos ouvidos e a norma culta deste tão nobre idioma. E pra piorar este cara nem de longe se parece com um anjo, muito pelo contrário, é cheio de limitações, dificuldades e imperfeições. Mas, sendo sincero, ele não é de todo ruim, e tem algo que me traz contentamento e que eventualmente me deixa muito feliz. É que em alguns pontos de sua vida ele faz jus ao meu significado e representa bem minha imagem. Ele sabe que tem uma missão e que foi enviado para cumprir um desígnio e um propósito de Deus em seu tempo. Isso me deixa extremamente feliz e orgulhoso! Sinto que que minha razão de ser, está sendo bem representada por ele.   Ele não é um herói de sua geração, mas é um herói de si mesmo, um sobrevivente, consciente de suas fraquezas, mas que de tempos em tempos personifica este nobre nome, numa bela representação gráfica e acústica do que Deus espera dele. Ele não gosta de falar sobre isso e acho que não vai concordar com o que estou dizendo. Mas o texto e esta história é minha e esta é também é a minha percepção. 
Portanto Angelo, continue tentando ser o melhor que puder para honrar e respeitar o teu Nome.

Tu estás comigo!

Ainda que eu ande pelo vale escuro como a morte... - NVI
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra e da morte... - ALMEIDA

A narrativa do salmista Davi fala sobre a graciosa companhia de Deus.
Tu estás comigo

E porque Tu estás comigo eu não preciso de nada.
Porque Tu estás comigo eu posso descansar em verdes pastos.
Porque Tu estás comigo me sacio em águas tranquilas.
Porque Tu estás comigo minhas forças são renovadas.
Porque Tu estás comigo há um jantar completo.

Mas a Tua Graciosa Companhia não me imuniza contra as agruras da vida e não me exclui de dificuldades.
Eventualmente eu sei que vou caminhar por Vales de sombra e morte. 
Mas eu não fico no vale parado e absorto.
Eu ando e passo por ele... 
(...) Mesmo diante circunstâncias ruins eu continuo andando e caminhando por que Tu estás comigo e renova as minhas forças

Tu está comigo e não importa onde estiver ou aonde for, sei que Tua bondade e teu amor me seguirão todos os dias da minha vida. 

Assim, não importa o meu momento, se estou abastado e feliz ou em um vale de sombra e morte. 
Tu estás comigo, e independente do lugar que eu estiver, me sentirei como se estivesse no Teu templo.

Diante da vida ou da morte, eu descubro que não preciso de nada além de Ti e da Tua Graciosa Companhia e Doce Presença.


Abraços a todos

Angelo