terça-feira, 9 de junho de 2020

Flávio Barbosa | 14 de janeiro de 1983

Em 1983, um dos hits mais tocados nas rádios brasileiras era uma música do Gonzaguinha, interpretada pelo Fagner, Guerreiro Menino (Um homem também chora).
No início desse mesmo ano, mais precisamente em 14 de janeiro, nasce um Santo André, São Paulo, alguém que personificaria a figura paradoxal de um guerreiro menino.
Desde sua tenra infância, o Flávio sempre foi muito aguerrido, alguém que não fugia de uma boa luta e de um bom combate. 
Mesmo sendo o mais novo dos meninos, ele não se calava em meio aos inúmeros desaforos impostos pelos irmãos mais velhos que insistentemente o provocavam. Ele ia pra cima, com força e com vontade descomunal, mesmo diante de sua infante fragilidade na tentativa de enfrentar os seus algozes.
Desde muito cedo ele enfrentou com coragem os inúmeros desafios de uma infância pobre, começou trabalhar ainda muito jovem assumindo responsabilidades de gente grande. Um de seus primeiros empregos foi numa fábrica de blocos, um esforço extenuante sobre os ombros de um menino de doze anos, que ainda não tinha uma estrutura física e muscular adequada para aguentar um trabalho tão pesado.
Foi num ambiente hostil que ele se fortaleceu, se desenvolveu. Cresceu. Se casou. Teve filhos. E se tornou um homem de bem, um bom filho, um bom pai e um bom irmão. Uma pessoa com um coração enorme, com uma percepção de enxergar o outro em suas aflições de uma maneira muito aguçada e peculiar.
Ele é um sobrevivente! Um guerreiro que leva as marcas de suas lutas internas e externas, mas está sempre com uma cara boa, sorrindo e sendo sempre um menino brincalhão.
Espero que ao terminar sua missão ele possa dizer de forma altissonante: “Combati o bom combate, acabei minha corrida e guardei a fé”.
Obrigado pela força e por sua amizade.

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